Frederick Childe Hassam

 

 

 

 

“COLEÇÃO CEPROVI PARA LEILÃO”

AUTENTICIDADE

ORIGEM

AVALIAÇÃO.

 

Frederick
Childe Hassam( EUA 1859 – 1935) O.S. Tela-  45x 37 cm

 

SUMARIO

 

INTRODUÇÃO
………………………………………………………………………………………………..01

RESUMO
DA BIOGRAFIA DO PINTOR ……………………………………………………………02

ANALISE
DA OBRA
………………………………………………………………………………………..03

PESQUISA
DE VENDA E FONTES DE PESQUISA …………………………………………….04

CONCLUSÃO
DA AVALIAÇÃO
………………………………………………………………………05

CURRICULUM DO
AVALIADOR………………………………………………….06

ANEXOS…………………………………………………………………………………..07

 

 

1-   INTRODUÇÃO

 

Trata-se
o presente de trabalho “Pró Bono” para análise da autenticidade e avaliação de
9(nove) obras de arte da denominada “coleção ceprovi para leilão”.

Em
entrevista com o proprietário, constatou-se que as obras indicadas  pertenciam
a coleção privada de família tradicional de São Paulo, ficando sob seu domínio
até sua aquisição pelo proprietário atual.

Realmente menciono que que em caso de coleções particulares,
em que as obras estão no domínio de famílias por tempos, e que muitas vezes
foram doadas informalmente pelos próprios autores dos trabalhos ou
colecionadores, não é costumeira a busca e guarda de certificados, mas quando
da eventual comercialização, é recomendável essa prática, fatos que devem ser
considerados na presente avaliação apenas por mera argumentação.

No presente trabalho será considerado para segmentação de ‘período
criativo’  o seguinte esquema: a) “Velhos Mestres” – obras de
artistas nascidos antes de 1759; b) “Século XIX” – obras de artistas
nascidos entre 1760 e 1859;c) “Arte Moderna” – obras de artistas nascidos
entre 1860 e 1919;d)”Arte do pós-guerra” – obras de artistas nascidos
entre 1920 e 1944;d)“Arte Contemporânea” – obras de artistas nascidos após
1945; e) Século XIX e Arte Moderna: artistas nascidos de 1760 a 1920.

Menciona-se que as obras-primas do século XIX e da primeira metade
do século XX são mercadorias cada vez mais raras; mas quando surge a
oportunidade, os colecionadores estão dispostos a pagar preços altos para
adquiri-los. Experimentando um claro desequilíbrio entre oferta e demanda,
a falta de peças excepcionais de Picasso ou Modigliani – as duas assinaturas
que alcançaram resultados acima dos US $ 100 milhões em 2018 – teve um efeito
geralmente amortecedor sobre as vendas. Apenas uma pintura de 
Claude MONET (1840-1926) ultrapassou o limite de US $ 100 milhões.

O “pai” da arte moderna, Paul Cézanne, o
“inventor” da abstração Wassily Kandinsky, o mestre surrealista René
Magritte, ou mesmo o principal futurista, Umberto Boccioni, foram apenas
algumas das figuras-chave da arte ocidental que obtiveram excelentes resultados
em 2019, gerando ganhos de capital substanciais e estabelecendo novos recordes,
mas também refletindo um interesse crescente em obras consideradas “atrasadas”…

Na ausência de obras-primas dos períodos Azul, Rosa, Cubista ou
1930, os trabalhos posteriores de  
Pablo PICASSO (1881-1973) suscitaram considerável interesse dos colecionadores. A
Sotheby’s se beneficiou disso com a venda de Femme au chien ,
um retrato de Jacqueline Roque, pintado em 1962. O trabalho dobrou sua baixa
estimativa para alcançar US $ 55 milhões, um recorde para o Picasso dos anos
60, mas uma evolução natural para o mundo mais influenciado. artista de demanda
(com 3.200 lotes vendidos em 2019).

A longo prazo, a acumulação de valor do trabalho de Pablo Picasso
tem sido excepcionalmente sólida. O preço de seu  Femme dans un fauteuil (Françoise) aumentou
US $ 10 milhões entre 2000 (US $ 3,3 milhões) e 2019 (US $ 13,3
milhões). Da mesma forma, com relação a  
Paul CÉZANNE (1839-1906), cuja chaleira com frutas (1888-1890) dobrou
de valor em apenas 20 anos, passando de US $ 29 milhões em 1999 para US $ 59
milhões no ano passado.

O melhor resultado do leilão de arte do ano premiou uma
pintura impressionista de Claude Monet, vendida por US $ 111 milhões na
Sotheby’s, em Nova York. Desde sua última aparição em leilão em 1986
(quando alcançou US $ 2,5 milhões), a excelente  pintura de 
Meules (datada de 1890) multiplicou seu
valor em nada menos que 44 vezes. O resultado não foi apenas um recorde
para Monet, foi um novo recorde para todo o movimento impressionista e
representou o 10º melhor leilão de arte de todos os tempos. A venda coroou
um mercado extremamente dinâmico em 2019, com uma taxa não vendida
particularmente baixa: menos de uma em cada dez obras de Claude Monet
permaneceu não vendida. O valor mais baixo de seu mercado troca desenhos
por cerca de US $ 20.000.

Na mesma argumentação de valorização, verifica-se que o vampiro da meia-noite de Nara  (2010) também sugere que o preço de suas
grandes pinturas dobrou nos últimos dois anos: US $ 2,2 milhões – 25 de
novembro de 2017 – Christie’s, Hong Kong; para US $ 4,7 milhões – 7 de outubro
de 2019 – China Guardian, Hong Kong.

Notadamente
o

método principal para a presente avaliação, decerto será o comparativo de
mercado, na estrita obediência à “lei da oferta e procura”, e claro
se levará em conta a mencionada histórica valorização.

Neste
prisma, cabe mencionar que  o mercado estabelece que podem coexistir três preços
para a mesma obra de arte: o primeiro é o preço de ateliê, aquele que o
marchand ou galerista paga ao artista adquirindo-lhe a obra, para depois
revendê-la; o segundo é o preço final, o pago pelo consumidor final, aquele
sugerido pelo artista, para a venda dos seus trabalhos nas galerias; e o
terceiro é o preço de mercado, aquele que resulta da análise profissional,
portanto subjetiva, de um somatório de aspectos diretos e indiretos
relacionados àquela obra, chegando a um valor monetário que, geralmente, fica
muito próximo à média dos preços alcançados nos leilões de arte, em trabalhos
semelhantes do artista.

O mais importante,
evidentemente, é a análise sobre o artista, seja no que tange a respeito da
oferta e procura dos seus trabalhos, seja na sua importância no cenário
artístico, formação profissional, curriculum vitae do artista entre outros
requisitos.

Finalmente se fará
à análise direta do trabalho, contendo analise da autenticidade (coa); se
verificará em seguida se ele está assinado – e bem assinado -, considerando que
a ausência ou problemas na assinatura pode desvalorizar a obra em análise,
mesmo sendo de inequívoca autenticidade; procedência do quadro, registros
fotográficos em livros e catálogos de arte; estado de conservação do trabalho e
processos de restauro, de vez que o excesso de restauros ou em sendo
localizados em partes fundamentais da pintura, pesam muito desfavoravelmente
quando se procura lhe dar um valor monetário; a técnica usada pelo artista,
dimensões adequadas ou inadequadas para o tipo de trabalho; tipicidade ou não
do tema; se aquela fase do artista é valorizada pelo mercado, independentemente
de ser antiga ou atual, já que cada artista tem a sua peculiaridade; se a
pintura analisada é importante, em se considerando o cenário político, social e
iconográfico da época em que foi executada; a qualidade do material que foi
usado e a sua projeção de durabilidade.

Tudo isso tem que ser analisado em
confronto com os modismos do mercado e a conjuntura econômica daquele momento –
que podem mudar da noite para o dia.

 

2-   RESUMO DA BIOGRAFIA DO PINTOR

 

Frederick Childe Hassam (1859-1935) foi um pintor impressionista
americano pioneiro, cujo trabalho sempre manteve um sabor definitivamente
nativo. N
asceu em Dorchester, Massachusetts, em
17 de outubro de 1859.

Ele se interessou cedo por arte e, em vez de ir para a
faculdade, foi trabalhar em uma loja de gravadores de madeira em
Boston. Aqueles foram os grandes dias da ilustração americana, e logo seu
trabalho apareceu em todos os tipos de revistas. Durante as noites,
desenhava nus no Boston Arts Club e, nos fins de semana, trabalhava ao ar livre
com pintores de paisagens. Ele logo teve seu próprio estúdio e seus
próprios alunos.

Em 1883, Hassam foi para a Europa por um ano. Em seu
retorno, ele se casou com uma amiga de infância, Kathleen Maude Doane. O
casal se mudou para Paris por 3 anos, onde Hassam ganhou a vida fazendo
ilustrações de revistas e pintando quadros que ele enviou para casa para
revendedores. Suas primeiras cenas nas ruas de Paris estão entre suas
melhores obras. Ele continuou estudando na Académie Julian, mas sua pintura,
impulsionada pelo crescente vento do impressionismo, logo se desviou do
acadêmico.

Hassam absorveu facilmente as cores vivas, a luz branca e a
paleta pálida do impressionismo. Sua principal preocupação a partir de
então era leve; suas figuras, não seu melhor trabalho, são padrões planos,
e até suas excelentes gravuras são estudos à luz. Os impressionantes
resultados de seu interesse pela luz são mais bem vistos em suas pinturas de
paisagens, costas rochosas e nas igrejas brancas de Gloucester e East Hampton.

Assim que pôde, Hassam se dedicou inteiramente à
pintura. Ele recebeu honras desde cedo – uma medalha de bronze na
Exposição de Paris (1889) e uma medalha de prata em Munique (1892).

Pintor nato, ele certamente gostava de pintar mais do que qualquer
outra coisa. No entanto, ele ficou um pouco preocupado com sua dívida com
os impressionistas franceses, insistindo que o movimento moderno da pintura se
baseasse em John Constable, William Turner e Richard Bonington. Mas o fato
é que ele pintou mais como Claude Monet do que Theodore Robinson, que era o
discípulo declarado de Monet; e o trabalho de Hassam era muito mais
derivado do que o de Alden Weir ou John Twachtman e, portanto, possivelmente,
tudo mais fácil de entender e aceitar.

Hassam nunca desistiu de pintar a figura, principalmente depois
de se estabelecer em Nova York em 1889. Sua colorida Nova York não tem relação
com a Paris de Camille Pissarro, e sua famosa série de bandeiras depende muito
da influência de Édouard Manet. Hassam era membro do “The Ten” e
um expositor regular na Carnegie International e na exposição anual da Academia
da Pensilvânia.

Hassam era um grande cavalheiro de rosto vermelho, orgulhoso de
sua ascendência na Nova Inglaterra. Sua vida foi sem provações. Ele
era animado e alegre, bastante agressivo e extrovertido. Ele morreu em
East Hampton, Long Island, em 27 de agosto de 1935, deixando todo o seu
trabalho para a Academia Americana de Artes e Letras.

Ele produziu mais de 3.000 pinturas, óleos,
aquarelas, gravuras e litografias ao longo de sua carreira e foi um influente
artista americano do início do século XX.

 

3-   ANALISE DA OBRA

 

A obra está preservada, em bom estado de
conservação, fotografada e certificada pelo leiloeiro.

 

4-     
PESQUISA DE VENDA E
FONTES DE PESQUISA

 

Menciona-se que devido a diminuição da disponibilidade de
obras do período e do artista traz potencial para valorização.

 

 

Adeline Adams, Childe Hassam, Ed.
American Academy of Arts and Letters, 1938

 

5-     
CONCLUSÃO DA AVALIAÇÃO

 

Em virtude da
história da vida e escassez de obras do artista há potencial de valorização nos
patamares expostos no presente trabalho.

Nestes termos,
feito todas as considerações e metodologia, firmamos a avaliação da presente
obra, para o amo de 2020 no valor de USD 3.000.000(três milhões de dólares
americanos
), podendo dobrar de valor.

 

6-   CURRICULUM DO AVALIADOR

 

Angel Enrique Garrido, argentino, divorciado, jornalista, portador do RNE n. U1020580,
inscrito no CPF sob o n. 169.388.126-45
, endereço eletrônico: enriquegarrido5@hotmail.com,
galerista (galeria Bureau – SP), agente conveniado da Christies e Sothebys,
curador ou assessor de diversas exposições realizadas no Brasil e no Exterior (
Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente – exposição de obras de arte da
Hebraica – governo do Paraguai, etc. ), certificador de autenticidade de
diversas obras de arte de coleção privada ou de galerias no Brasil e no
exterior (Paris- França), perito oficial exclusivo registrado no Ministério da
Cultura do Paraguai. Realizador da maior venda de obras de arte efetuada no
brasil naquela data, negociadas no Banco Piquet na suíça… etc.

 

 

 

 

 

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